Laiane Cruz

 

Devido ao acidente com o ônibus, que vitimou 46 pessoas, entre elas muitas crianças, na BA-241, em um trecho da cidade de Piritiba, região da Chapada Diamantina, uma mensagem está circulando nas redes sociais solicitando que a comunidade se dirija ao banco de sangue do Hemoba, ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade, para onde parte das vítimas foram socorridas, a fim de realizarem a doação de sangue.

 

No entanto, a coordenadora do Hemoba de Feira de Santana, Nilza Azevedo, alerta à população que não é preciso correria para realizar a doação, uma vez que o estoque da unidade é suficiente para atender a demanda das vítimas que chegaram ao hospital.

 

“Nem sempre quando há um grande quantitativo de gente na emergência há a necessidade de todos usarem sangue. Nós tivemos sim alguns pacientes que houve essa necessidade da doação de sangue. No entanto, nós fizemos na semana passada uma campanha onde nós colhemos cerca de 300 bolsas de sangue para mantermos o nosso estoque”, informou a coordenadora do banco de sangue.

 

Ela esclareceu ainda que mesmo em um momento de tragédia não adianta as pessoas correrem para doar. De acordo com Nilza, o sangue, quando é colhido, passar por diversos testes de laboratório, para só depois ser disponibilizado para os pacientes. E o resultado da análise leva em média dois dias para sair.

 

“Se nós não tivéssemos estoques estratégicos, essas pessoas teriam dificuldade de receber o sangue, mas aliado a isso, nós fazemos parte de uma rede, que é a maior do estado da Bahia, e se nós precisássemos, não só Salvador estaria mandando sangue, como também outras unidades. Quero esclarecer a toda a população, agradecendo também a todos que se solidarizam com essa situação, que nós temos estoques suficientes para suprir a necessidade das pessoas que precisam”, ressaltou.

 

Nilza Azevedo afirma também que pessoas com sangue do tipo O negativo, A negativo, AB e B podem se dirigir tranquilamente ao Hemoba para doar. “Os sangues do tipo RH +, nós temos o suficiente pra suprir todas as necessidades dessa tragédia. Não precisa essa correria. Nós temos um número grande de pessoas aqui na unidade e isso vai causar desconforto, porque vão esperar um pouco mais, a coleta vai ser mais lenta. O que a gente precisa lembrar é que as pessoas precisam ser voluntárias e se fidelizarem”.