Por Redação – Foto Arquivo Pessoal

Membros da Educafro Brasil na Bahia, realizaram uma manifestação em frente ao edifício da Justiça Federal em Salvador, nesta segunda-feira (31), onde quase quarenta advogados assinaram uma ação civil pública contra o banco Caixa Econômica Federal (CEF), por danos coletivos contra a comunidade afro-brasileira.

Em julho de 2019 o empresário Crispim Terral de Souza foi vítima de racismo dentro da agência do banco na Avenida Sete de Setembro, no bairro do Dois de Julho, em Salvador.

“A ação nós demos entrada pelo meio digital e o ato simbólico foi para dizer não pra esse racismo, e para fazer essa ação de dano coletivo contra a Caixa em uma causa negra”, comentou o coordenador da Educafro na Bahia, o advogado Marinho Soares.

“Chegamos ao valor da indenização [R$ 20 milhões], analisando as consequências do caso, a capilaridade da empresa, a quantidade de funcionários e o que a empresa tem a capacidade de pagar. O valor será gasto com a causa negra, com políticas antirracistas”, acrescentou Marinho.

De acordo com reportagem do Correio da Bahia, até o momento não houve condenação alguma aos acusados e o processo contra o policial que agrediu o empresário com um mata-leão continua parado. “Absurdamente, não [houve condenação]. Por isso, nós acolhemos esse caso, para chamar a atenção da Justiça da Bahia no mundo inteiro”, explicou Frei David, fundador e diretor-executivo da organização educacional.

O caso

Tudo aconteceu porque Crispim Terral ficou esperando por quase cinco hora por um atendimento dos gerentes do banco. Ao reclamar da situação, o gerente acionou a Polícia Militar. Na abordagem, um policial chegou agrediu o empresário com um ‘mata-leão’, ato de enforcar a pessoa por trás.