Por Jesus Souza – Foto AFP

 

Um bombardeio israelense no campo de refugiados de Rafah, localizado ao sul da Faixa de Gaza, resultou em 45 mortos e mais de 200 feridos neste domingo. Entre as vítimas, estavam crianças, mulheres e idosos que foram carbonizados pelo ataque, desrespeitando uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) e provocando indignação internacional.

“O massacre de ontem em Rafah deixou 45 mártires, incluindo 23 mulheres, crianças e idosos. Outros 249 ficaram feridos”, declarou o Ministério da Saúde do território palestino. Equipes da Defesa Civil de Gaza relataram ter encontrado diversos corpos “carbonizados” pelo incêndio gerado pelo bombardeio.

Imagens compartilhadas pelo Crescente Vermelho palestino revelaram cenas caóticas com profissionais de saúde retirando os feridos, incluindo muitas crianças. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que um de seus hospitais de campanha estava recebendo um grande número de feridos em busca de atendimento para lesões e queimaduras.

Fotografias capturadas por equipes da AFP na manhã desta segunda-feira, mostram pedaços carbonizados de barracas e famílias palestinas observando a destruição. “Nós havíamos terminado a oração da noite (…) nossos filhos estavam dormindo, de repente ouvimos um grande barulho, vimos fogo por todos os lados. As crianças gritavam, o barulho era assustador”, contou uma sobrevivente.

O ataque ocorreu poucas horas após o Hamas disparar foguetes contra a capital israelense, Tel Aviv, e outras áreas centrais do país, os quais foram interceptados pelo sistema de defesa de Israel. Os lançamentos de foguetes pelo Hamas foram uma resposta à decisão ignorada por Israel da CIJ, que havia emitido um parecer contra as operações em Rafah.