Por Pérola Achael e Yuri Abreu – Foto Pérola Achael

A vice-presidente da Associação dos Defensores Públicos da Bahia (Adep-BA), Mel Teixeira, afirmou que a categoria foi “humilhada” após o Projeto de Lei que os beneficiaria não ter  sido novamente posto em apreciação e votação na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta terça-feira (18).

Em declaração à imprensa, a dirigente revelou que teve uma reunião, na noite de segunda-feira (17), com representantes da Secretaria estadual de Relações Institucionais (Serin), e saiu com a garantia de que todas as arestas relacionadas ao texto haviam sido aparadas. Com isso, a expectativa pela votação do texto, hoje, foi aumentada. No entanto, mais uma vez, isso não ocorreu.

“Foi outro golpe Fortíssimo pra gente. Um sentimento de humilhação e falta de respeito conosco”, disparou Mel Teixeira. “A gente que atende uma população pobre, vulnerável, que precisa muito da nossa defesa, a gente está muito angustiado porque tem prazos correndo. Audiências que poderiam estar acontecendo, que há meses, anos, até foram designadas pra agora, e sem nenhum tipo de perspectiva. A gente vive em uma inconstância e uma zona bem cinzenta, porque a gente não sabe quem está falando a verdade, quem está mentindo e qual a real intenção […] se tem algum fator político […] Precisamos de uma escuta atenta ao nosso clamor, que não é nada demais, tendo em vista que são 12 anos, sem nenhum tipo de melhoria”, completou a dirigente.

Ainda aos jornalistas, ela comentou sobre as arestas que teriam sido aparadas após essa reunião com representantes da Serin. “O que foi relatado foi a questão orçamentária, que não poderia ser tudo […], mas números também não foram apresentados a gente. Não foi uma apresentação do anexo, a gente não chegou a ver valores. Foi também passada a ideia que nós tomaríamos conhecimento de números e de escalonamento, de toda a sucessão após a aprovação […] A gente ficou na expectativa, inclusive hoje de manhã, depois de eles terem dito que estava tudo redondo, e não aconteceu nada disso. Aí também toda a expectativa do recesso parlamentar, São João, LDO, e aí essa angústia vai aumentando porque se nada acontecer a gente só tem a partir de agosto, final de julho e início de agosto”, lamentou.