Por Redação – Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Bahia assegurou sua permanência na elite do futebol ao vencer o Atlético-MG por 4 a 1 na noite desta quarta-feira (6), na Arena Fonte Nova. A vitória foi crucial, somada à derrota do Santos para o Fortaleza por 2 a 1. Rogério Ceni, contratado no início de setembro com a responsabilidade de manter a equipe na primeira divisão, comemorou o êxito alcançado.

“Eu? Muito. Quando me chamaram eu tinha 16 jogos. Olhei a tabela, vi o elenco, e fiz as contas que dava para chegar nos 43 pontos. Nas minhas contas, contra São Paulo e América seriam quatro pontos. Ficou então tudo para o último dia. Eu estava bem cabisbaixo. Até os atletas falaram comigo. Eu também sou humano. É natural depois de uma derrota. Mas conseguimos reagir e fazer uma vitória contra a melhor equipe do segundo turno. Não vamos esquecer do que erramos, que é importante, mas vamos valorizar os acertos. Quero falar do público também. Hoje não batemos 30 mil, né?! Foram 27, mas com uma energia incrível. Em nenhum momento houve uma vaia. Foram caras que vieram o jogo, parecia que tinha 45 mil. Mantiveram o Bahia lá no topo. Foram parte muito grande em todos os jogos”, falou o treinador do Tricolor.

No domingo passado (3), o time Tricolor sofreu uma derrota para o lanterna América-MG por 3 a 2, o que levou a equipe à última rodada do Brasileirão precisando de uma vitória e torcendo por resultados desfavoráveis dos concorrentes. Ceni confessou ter ficado desanimado com o resultado adverso e compartilhou detalhes da conversa que teve com o CEO do Grupo City, Ferran Soriano.

“Foi uma ajuda mútua dos jogadores. Na segunda-feira eles falaram comigo: “Precisamos de você”. Na terça-feira eu fiz o movimento trocado. Ontem [terça-feira], o Ferran me ligou, ele me perguntou como eu estava, falei que estava triste e chateado. Ele falou que a tristeza tem que durar 24h, e disse que, independente de onde a gente acabe, que ele queria que eu continuasse o projeto, na Série A ou B. Isso faz diferença. É muito importante ter o suporte e apoio das pessoas. O Bahia é um clube de massa, esse é o principal ponto para você escrever uma história. Que o Bahia continue crescendo mais, chegando na Sul-Americana, na Libertadores. Não sei até quando vamos ficar aqui, mas quero dizer que fiz parte da construção de um clube que já era gigante, bicampeão brasileiro. Não esqueço tudo de ruim e errado que aconteceu, é importante ser lembrado isso para diminuir o número de erros para o próximo ano”, disse Rogério Ceni.

O Bahia encerrou o Brasileirão em 16º lugar com 44 pontos, um acima do Santos, que ficou em 17º e jogará na Série B de 2024. Na próxima temporada, estreia no Campeonato Baiano contra o Jequié em 17 de janeiro.