Por Redação – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Cesta Básica de Salvador teve um acumulado de 13,51% nos seis primeiros meses deste ano, de acordo com um cálculo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em 2.639 cotações de preços realizadas em 98 estabelecimentos comerciais (supermercados, açougues, padarias e feiras livres) de Salvador.

O conjunto de mantimentos, em junho, passou a custar R$ 617,51. Em comparação com o custo estimado no mês imediatamente anterior, maio, houve uma elevação de 0,58% – aumento de R$ 3,61.

Dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador, nove produtos apresentaram alta nos preços: batata inglesa (36,48%), leite (12,00%), café moído (6,24%), arroz (5,31%), queijo muçarela (4,46%), pão francês (4,26%), maçã (2,54%), queijo prato (0,26%) e a carne de primeira (0,06%). Por sua vez, 16 registraram redução: óleo de soja (-11,76%), cenoura (-11,40%), tomate (-9,65%), cebola (-7,83%), açúcar cristal (-6,26%), macarrão (-5,08%), banana-prata (-3,72%), carne de segunda (-2,41%), feijão (-2,23%), carne de sertão (-1,48%), flocão de milho (-1,04%), farinha de mandioca (-0,88%), frango (-0,64%), ovos de galinha (-0,64%), manteiga (-0,55%) e a linguiça calabresa (-0,13%).

O tempo de trabalho despendido por um trabalhador soteropolitano para obter uma cesta básica foi de 104 horas, o que equivale ao comprometimento de 47,28% do valor líquido de um salário mínimo de R$ 1.306,10, depois de descontado o valor de 7,50% da contribuição para a Previdenciária Social.

Confiança do empresariado aumenta

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -88 pontos em junho, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos – indicando um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da quinta pontuação abaixo de zero seguida e do segundo menor patamar do ano.

No mês, ao registrar -88 pontos, o ICEB captou avanço da confiança em relação a maio (quando o indicador marcou -107 pontos). O aumento foi de 19 pontos – alta após duas quedas consecutivas, mas ainda insuficiente para suplantar o recuo constatado em maio (redução de 20 pontos).

No que se refere aos setores, o avanço do nível de confiança de maio a junho não aconteceu de forma generalizada, visto que a Agropecuária registrou queda. Por outro lado, a Indústria exibiu a maior alta na confiança.

Os resultados foram: Agropecuária, -63 pontos; Indústria, -94 pontos; Serviços, -101 pontos; e Comércio, -42 pontos. Enquanto o setor de Comércio foi o de melhor pontuação, a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança.

Do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, capacidade produtiva e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, vendas e PIB nacional apresentaram os indicadores de confiança em situação menos desfavorável no mês.