Por Redação – Foto Julia de Lannoy/TV Globo/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao hospital Sírio-Libanês em Brasília às 8h desta sexta-feira (29). O presidente passará por uma cirurgia no quadril para corrigir uma artrose.

Lula sofre com fortes dores no local há meses e fez dois procedimentos em julho para diminuir as dores antes da cirurgia, uma infiltração e uma denervação.

O Palácio do Planalto não quis informar o horário exato da operação e a duração da cirurgia. As informações serão passadas em uma coletiva de imprensa no fim da tarde.

Após o procedimento, Lula deverá trabalhar no Palácio da Alvorada – residência oficial da Presidência da República – por pelo menos três semanas. O petista também deverá ficar por um período entre quatro e seis semanas sem poder fazer viagens.

Lula deverá retornar aos compromissos internacionais apenas no final de novembro, quando deve ir aos Emirados Árabes Unidos para participar da COP 28. Na volta da viagem ao Oriente Médio, cumprirá agenda na Alemanha.

‘Não vão me ver de andador’

Na terça (26), Lula comentou a cirurgia que fará no quadril nesta sexta e disse estar “otimista”.

“Eu vou ter que ter um pouco de cuidado porque a operação parece simples, mas a recuperação, a fisioterapia e a dedicação, o tratamento, é fundamental. Então, eu vou me cuidar com muito carinho. Estou muito otimista’, declarou.

Lula afirmou que as pessoas não o verão de andador após a cirurgia porque seu fotógrafo pessoal, Ricardo Stuckert, disse que não pretende registrar esse tipo de imagem. Stuckert é secretário de Produção e Divulgação de Conteúdo Audiovisual do governo.

“O Stuckert não quer que eu ande de andador. Ele já falou: ‘Não vou filmar você de andador’. Então significa que vocês não vão me ver de andador, vocês não vão me ver de muleta. Vocês vão me ver sempre bonito, como se eu não tivesse sequer operado”, disse Lula.

O presidente revelou que sentia dores fortes desde a campanha presidencial de 2022 e que não fez a cirurgia logo após as eleições para não passar uma imagem de fragilidade.

“Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava, porque era preciso animar as pessoas. Se o candidato está lá, de cabeça baixa, ele não passa otimismo para a sociedade”, disse Lula.

“Depois, eu queria operar logo depois das eleições. Mas, aí, falei: ‘Bom, se eu operar agora, vão dizer que Lula está velho, ganhou a eleição e já está internado’”, complementou.