Por Yuri Abreu – Foto Divulgação

Após romper com PT em 2022 e migrar para a base de apoio de ACM Neto (União) para as eleições ao Governo da Bahia, o PP pode estar fazendo o caminho contrário e voltar “para os braços dos petistas”, após perder força e “desidratar” no cenário estadual nos últimos dois anos, com a perda de prefeitos e nomes importantes.

No entanto, a manobra só ocorreria após as eleições municipais de outubro deste ano, devido a acordos firmados entre os pepistas e o União Brasil, especialmente na capital baiana, onde a sigla comanda uma pasta estratégica, a secretaria municipal de Governo, com Cacá Leão, presidente municipal do PP. Ademais, na Câmara Municipal, os vereadores da legenda fazem parte da base de apoio ao prefeito Bruno Reis (União).

“Não há de oficial, mas é um sentimento natural da maioria querer voltar para a base do PT. Mas acredito que isso só vai ocorrer após as eleições de outubro”, disse um interlocutor ao Notícias da Bahia, nesta quarta-feira (17).

De acordo com a fonte, até mesmo nomes como o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA), que atualmente estão mais ligados com ACM Neto, não se oporiam em fazer esse movimento a partir de novembro. Sobre Cacá, que seria na teoria “o mais resistente”, uma mudança não deve ser descartada, uma vez que o ex-deputado federal sonha em concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados, em 2026. “Cacá é muito bem quisto pelo senador Jaques Wagner e não teria nada a perder com essa mudança, uma vez que muitas de suas bases estão com [o governador] Jerônimo Rodrigues”, completou.

Vale lembrar que, além de Salvador, o PP detém alianças para o pleito de outubro com o União Brasil em cidades como Vitória da Conquista (sudoeste) – onde apoia a prefeita Sheila Lemos – e Camaçari (Região Metropolitana de Salvador) – onde o suporte é para Flávio Matos.