Por Redação – Foto Fernando Vivas/GOVBA

A exposição ‘Brasil Futuro: as formas da democracia’, chegou em Salvador nesta sexta-feira (14), no Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho. Na abertura da exposição, a curadora e historiadora Lília Schwarcz falou que a capital recebe a maior versão da exposição até agora, com mais de 500 obras distribuídas entre os três andares do centro cultural, que é administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).

“A cada lugar que chega, agregam-se trabalhos de artistas e novos curadores. A versão da capital baiana, a terceira cidade a receber o projeto, é a maior versão da exposição. Com ela, queremos dizer para a população que arte é sempre abertura, é democracia”, afirma Lília Schwarcz.

Para Adriana Cravo, a grande genialidade dessa exposição é a possibilidade de incorporar os acervos locais. “Em cada cidade que passa, vai incorporando os acervos de museus, projetos sociais e instituições, possibilitando que mais artistas, mestres e artesãos participem dessa grande exposição, que fala sobre diversidade e inclusão, e isso tem tudo a ver com a Bahia”, explicou a diretora do Solar Ferrão e uma das curadoras na Bahia.

A exposição, que era dividia em três núcleos – ‘Retomar Símbolos, Descolonizar’, ‘Somos Nós’ e ‘Tudo é Dádiva’ –, em Salvador ganhou mais um espaço, nomeado de ‘Tudo é Dádiva’. Pensados por Lília e os curadores Paulo Vieira, Márcio Tavares, Roberta Carvalho e Rogério Carvalho, os núcleos temáticos contam a história de diferentes grupos invisibilizados ao longo da história. A mostra conta com peças de artistas como Djanira, Mestre Didi, Mário Cravo, Denilson Baniwa, Daiara Tukano, Flávio Cerqueira e o Bastardo.

Tem também de artistas contemporâneos, como Larissa de Souza, e artistas populares baianos, como Eduardo Ferreira, do Acervo da Laje, do subúrbio de Salvador, e o fotógrafo Lázaro Roberto, do Zumví – Arquivo Afro Fotográfico, que também foram curadores de obras locais, ao lado Adriana Cravo, Daniel Rangel, representantes do Acervo da Laje e do Zumví – Arquivo Afro Fotográfico.

Ministra da Cultura Margareth Menezes participa da abertura da exposição Brasil Futuro – Foto Fernando Vivas/GOVBA

Presente na inauguração, a Margareth Menezes falou sobre a importância para o fortalecimento da democracia. comentou. “É bom a gente ter essa reflexão sobre a democracia. Foi muito assertivo começar o governo com essa exposição maravilhosa, que está correndo o Brasil. É sempre bom refletir para fortalecer a nossa democracia”, observou a ministra.

A exposição foi inaugurada em Brasília, no dia 1º de janeiro, na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e depois passou pelo Pará. Em Salvador, a mostra fica aberta a visitação de terça a domingo, das 10h às 18h.