Por Redação – Foto

O varejo na Bahia tem registrado um crescimento impressionante nas vendas, com aumentos de 10,1% em abril e 13,3% em maio, segundo os dados mais recentes da Fecomércio-BA. Para agosto, mês do Dia dos Pais, a tendência continua positiva, com a Fecomércio-BA estimando uma alta de 8% em comparação com 2023 para os setores ligados à data comemorativa.

O grupo “outras atividades” deverá apresentar a maior variação, com um crescimento de 12% em relação a agosto do ano passado. Esse grupo inclui lojas de artigos esportivos, materiais de escritório, joalherias, lojas de chocolates, entre outros.

O setor de vestuário, que sempre tem alta demanda, projeta um crescimento de 9% para agosto deste ano. Esse aumento não é muito diferente da expectativa para o segmento de eletrodomésticos e eletrônicos, que deve crescer 8%.

Diversos fatores contribuem para o cenário otimista para o Dia dos Pais deste ano. “Primeiramente, as datas comemorativas do primeiro semestre foram positivas, e o cenário não mudou no segundo semestre. Além disso, um fator importante são os preços mais baixos. Segundo levantamento da Fecomércio-BA, com base no IPCA, a inflação para o Dia dos Pais aumentou 1,28% nos últimos 12 meses, enquanto a média na região de Salvador avançou quase 4%. Portanto, há uma queda relativa nos preços”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.

Na cesta de produtos, as maiores quedas estão associadas a itens eletroeletrônicos. O telefone apresenta uma redução média de 10%, seguido por televisores (-7,78%) e computadores pessoais (-5,41%). Aqueles interessados em comprar bicicletas ou relógios de pulso também encontrarão preços mais baixos, com quedas médias de 8,87% e 5,08%, respectivamente.

Para artigos de vestuário e calçados, as variações de preços são diversas. Camisas masculinas têm um aumento médio de 7%, enquanto tênis apresentam uma redução média de 2,25%. Outros itens como sapatos masculinos (5,05%), calças masculinas (3,31%) e bermudas masculinas (1,39%) também estão mais caros em comparação ao ano passado.

Os produtos que mais subiram de preço são os cosméticos, com um aumento médio de 15,29%, e os livros não didáticos, que tiveram uma alta anual de 13%.

“É sempre importante ressaltar que se trata de preços médios e não que todos os produtos estão em queda. Pode ser que o consumidor esteja de olho num televisor mais moderno, último modelo e que tenha subido de preço de um ano para cá”, explica Dietze.

Outra razão para o bom desempenho do varejo baiano é o mercado de trabalho em alta. Dados do CAGED mostram que, entre janeiro e maio deste ano, a Bahia registrou um saldo de 45,1 mil empregos líquidos, comparado a 43,1 mil no mesmo período de 2023, o que representa um aumento de 4,6%.

A melhora na renda também contribuiu para a redução da inadimplência na região, facilitando o consumo de presentes para ocasiões especiais.

Assim, a Fecomércio-BA projeta um crescimento de 8% para o Dia dos Pais em 2024, em contraste com a queda de 6,2% do ano passado. Além do setor de bens, o setor de serviços, como bares e restaurantes, também se beneficia da forte demanda, impulsionando a economia local e criando uma perspectiva positiva para outras datas comemorativas do segundo semestre, como a Black Friday e o Natal.