Por Redação – Foto Valter Pontes/ Secom PMS

Primeira santa brasileira, Irmã Dulce foi canonizada em 13 de outubro de 2019 

Após atrair 80 mil pessoas, a Festa de Santa Dulce dos Pobres, realizada neste mês de agosto pela Prefeitura de Salvador e Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), já tem nova edição garantida para 2024. Nesta quinta-feira (31), o prefeito Bruno Reis, ao lado da superintendente da Osid, Maria Rita Lopes Pontes, e do frei Ícaro Rocha, iniciou as tratativas para a realização do evento do próximo ano.

A ideia é consolidar a Festa de Santa Dulce dos Pobres no calendário religioso da cidade. “A gente vai preparar uma grande programação para o ano que vem, para podermos anunciar com máxima antecedência no Brasil e no mundo, mobilizando todos os agentes envolvidos. Agosto tem que ser o mês de Santa Dulce. Para isso, temos que ter a capacidade de fazer o que for necessário, inclusive, investindo recursos para potencializar essa festa”, afirmou o prefeito.

Bruno Reis autorizou o início da requalificação da sala dos ex-votos do Santuário Santa Dulce dos Pobres, na Cidade Baixa, e anunciou que outros projetos já estão sendo pensados para a região.

Um deles é a oficialização do Território Santo, que vai da Basílica Conceição da Praia, no Comércio, passando pelo Santuário Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, e entorno da Igreja dos Alagados (esta com obras de requalificação prevista para entrega ainda este ano) e Basílica do Bonfim. A Prefeitura também estuda intervenções no Largo dos Mares para tornar o local outro atrativo religioso.

O sentimento de agradecimento, fé, devoção, amor e caridade tomou conta do Centro Histórico de Salvador neste último dia do mês de agosto, com o retorno da imagem peregrina de Santa Dulce dos Pobres à Praça Municipal. A ação fez parte do encerramento dos festejos em homenagem à primeira santa brasileira. O ato teve a bênção do Frei Ícaro Rocha, do Santuário Santa Dulce, e a presença de dois ilustres convidados: a atriz Regina Braga, que interpretou o Anjo Bom da Bahia no filme Irmã Dulce (2014), e do marido, o médico Dráuzio Varella.

A iniciativa envolveu ainda a apresentação de uma réplica da Kombi Corujinha, que Irmã Dulce utilizava para resgatar as pessoas em situação de rua, na década de 1970, e que passa a fazer parte do acervo da instituição criada pela religiosa. A Prefeitura de Salvador foi presenteada com uma imagem da santa, que ficará na recepção do Palácio Thomé de Souza, no Centro.

Para Regina Braga, o maior exemplo que Irmã Dulce dava era mostrar que fazer o bem sempre era possível. “Ela dava uma prova diária disso, mostrando que a gente, com todas as limitações, pode, sim, ajudar os outros. Criar o que ela criou é um grande exemplo para todos nós”, afirmou Regina Braga, relatando como foi eternizar a santa brasileira dos cinemas. “Eu fazia algumas cenas na enfermaria, convivi com pacientes dela. Ter cenas com eles é uma coisa muito especial na vida de uma atriz. Foi um presente”, celebrou a artista.

“Quando a Regina fez o filme, eu vi várias vezes e tomei conhecimento da extensão da obra de Irmã Dulce. Uma pessoa com aquela fragilidade foi capaz de construir uma coisa tão grande, abrangente, que ajuda tantas pessoas. Quem vê a obra da Irmã Dulce conclui que cada um de nós tem condição de fazer um trabalho em benefício de todos”, comentou Drauzio Varella.

Entre os dias 1º e 13 de agosto, a Festa de Santa Dulce teve como palco principal a Praça Irmã Dulce, no Largo de Roma, na Cidade Baixa, recebendo cerca de 80 mil pessoas. O evento foi considerado uma importante iniciativa de atração turística e de mobilização social, que contou com 322 artistas envolvidos.

“O balanço realmente foi muito positivo nessa primeira festa de Santa Dulce. Foi a primeira grande festa dedicada a ela após a canonização. Tivemos a revitalização da escultura de Bel Borba, a abertura do memorial provisório, galeria de Santa Dulce, que é a coisa mais linda, e também a Kombi, que agora passa a integrar a nossa instituição. Que venha 2024, com ainda mais turistas, mais bênçãos e notícias boas para a obra de Irmã Dulce”, ressaltou Maria Rita, superintendente da Osid.