Por Redação – Foto Lucas Figueiredo/CBF
Zagallo veio ao mundo em Atalaia (AL) e, com apenas 8 meses de vida, se mudou para o Rio de Janeiro. Fixou residência na Tijuca, um bairro da Zona Norte onde manteve uma estreita relação ao longo de toda sua vida.
Desde as partidas informais no Maracanã, mesmo antes da inauguração do estádio, Zagallo antes de ingressar no Flamengo percorreu as categorias de base do América, cuja sede era na Tijuca.
Aos 18 anos, recebeu a convocação para o serviço militar, marcando o início de sua notável trajetória nas Copas do Mundo. Seu primeiro envolvimento foi marcado por uma derrota, quando fez a segurança das arquibancadas do Maracanã na final da Copa de 1950, testemunhando o trágico episódio conhecido como Maracanazzo.
Zagallo, então, optou pela carreira profissional como ponta-esquerda e alcançou o tricampeonato carioca pelo Flamengo, de 1953 a 1955. Em 1958, fez parte da seleção brasileira que conquistou a primeira Copa do Mundo do país, anotando um gol na final contra a Suécia (5 a 2). Em 1962, como jogador, alcançou o bicampeonato, e em 1970 e 1994, consolidou-se como tetracampeão na comissão técnica.
Conhecido como “Formiguinha” devido à sua incrível capacidade de corrida e contribuição na marcação do meio-campo, algo incomum para atacantes naquela época.
Quatro anos mais tarde, já consagrado como campeão pelo Botafogo, Zagallo conquistou o bicampeonato mundial como jogador na Copa de 1962.
Em 1964, encerrou sua carreira como jogador e iniciou sua jornada como treinador, começando pelo Botafogo.
A poucos meses da Copa de 1970, assumiu o comando da seleção no lugar de João Saldanha, levando Pelé e seus companheiros ao tricampeonato mundial. Para muitos, essa equipe é considerada a melhor seleção de todos os tempos.
O tetracampeonato veio em 1994. Como coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira, Zagallo desempenhou um papel crucial na campanha da Copa dos Estados Unidos.
Por pouco, a conquista do pentacampeonato não se concretizou: como técnico da seleção, Zagallo chegou à final da Copa de 1998, mas a equipe foi derrotada pela França de Zidane.
O Museu da Seleção, localizado na sede da CBF no Rio de Janeiro, escolheu o icônico visual de Zagallo como treinador em 1998 para uma homenagem. Em 2023, o Velho Lobo visitou o museu para conferir seu boneco de cera e expressou sua aprovação.
Zagallo também desempenhou o papel de treinador nos três principais times do Rio de Janeiro (Flamengo, Vasco e Fluminense), além do Bangu. Sua experiência se estendeu além das fronteiras brasileiras, liderando as seleções do Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. No cenário internacional, ele também comandou o Al Hilal, atual equipe de Neymar.
Ao conquistar a Copa América em 1997, Zagallo proferiu uma de suas frases memoráveis, desafiando os críticos da seleção: “Vocês vão ter que me engolir”.